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Companheirismo

Como fazer para que entendam o companheirismo?

Será que a simples explicação, didaticamente transmitida, poderá fazê-los compreender a verdadeira substância desta atitude?

Sim, porque o companheirismo é uma atitude! E, como tal, se desperta com os sentimentos que guardamos na alma e que nos impelem a agir desta ou daquela maneira.

Solidariedade, cumplicidade, amor revestindo uma essência de grande amizade! Ao nos tornarmos companheiros, vislumbramos no outro aquele com quem vamos compartilhar os nossos momentos e, acima de tudo, os momentos dele.

Sabem que é na dimensão do próximo que completamos a nós próprios. A nossa evolução se concretiza a cada passo que damos na aproximação dos seres que nos rodeiam. É na dedicação que alcançamos a completa qualificação para sermos companheiros.

Porque companheirismo é mais do que companhia; é carinho, atenção, cuidado com o espírito que está ao nosso lado e ao qual prestamos, sincera e desinteressadamente, o nosso apoio.

Vejo que todos acreditam na amizade empenhada, mas não basta acreditar e apregoá-la como algo guardado dentro de nós. É preciso que a realizemos na prática, dando aos nossos companheiros o melhor de nossa compreensão, da nossa tolerância com suas imperfeições, da nossa capacidade de amar.

Pois é nisto que se resume o companheirismo: capacidade de amar ao outro e de lhe dar todo o conforto que só os que se amam sabem dar.

É necessário estar atento, pois não é fácil! Muito mais cômodo é ficar discretamente à sombra do rigor de nossa essência amorosa, que ela sempre há. Muito mais fácil acomodar-se sob o manto pseudamente protetor das emoções não compartilhadas. Porque assim, não nos abrimos e, consequentemente, não oportunizamos que nos invadam a intimidade.

Só que, enquanto agimos desta forma, esquecemos que a troca emocional que traz a verdadeira alegria e permite a melhor convivência só pode se dar quando permitimos a saída de nossos afetos, dos nossos sentimentos, de nossas energias positivas. A mesma porta que abrimos para a entrada e a recepção dos sentidos alheios, é a que serve para apresentarmos a nossa expressão. Portanto, trata-se de um momento de verdadeira doação e de sinceridade que devemos viver com inteligência e compreensão.

Não relutem em adotar o companheirismo como lema, a aproximação como meta, a convivência emocional e sentimental muito íntima, porque será desta maneira que concluiremos nosso processo de aprendizado evolutivo, conquistando e permitindo a conquista. Dentre todos, temos o compromisso de buscar a redenção e esta, em primeiríssimo lugar, se mostra na efetiva medida em que conseguimos manter os outros ao nosso lado e com eles experimentar as grandes sensações da vida.

Doem-se, sem medo. Aí estará a felicidade! Nunca a vergonha, o temor, o pudor, a discrição demasiada, a timidez.

A questão, enfim, é optar: – o que desejamos?

Recebida pelo Renato no Grupo Sintonia em 29/03/2012

Revisão: Magali