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O vento da inquietude

Bateram à porta

Era o vento da inquietude

As janelas estremeceram

Mas se mantiveram fechadas

 

A inquietação invadiu

O espaço que encontrou

Ocupando frestas e cantos

Obscurecidos

 

Como mandar embora

Esta visitante

Que tanto afligia

A quem naquele

Espaço habitava?

 

Não permitindo que

A porta da desconfiança

Se abra sem vigilância

Cuidando, reforçando

As janelas da monotonia

Existencial para que

Ela só seja liberada

Quando for da vontade

De quem a vivencia

E que se moverá

Na busca do ar

Renovado da esperança

Sem sonhos e

Sem esperança

O que é uma habitação

Torna-se um mausoléu

Vento sempre haverá

 

Portas e janelas

Fazem parte da

Estrutura de cada um

Abrir ou manter fechadas

As vias de acesso

Aos seus interiores

É opção que deve

Ser feita e sem

Interferência de ninguém

 

Não esqueçam

De limpar a chaminé

Por onde suas emanações

Espalham-se entre

Seus iguais

 

Uma morada/Ser

Que se mantém

Limpa e iluminada

Não se abalará

Pelos ventos inquietantes

Que de tempos em tempos

Se farão presentes.

Assim é.

 

Alícia

Recebida pela Magali no Grupo Sintonia em 08/05/2014

Revisão: Clovis