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Uma pausa para a leveza

Estamos aqui, agora, para falar contigo que tão envolvido estás em tuas rotineiras tarefas.

Observa como tuas mãos se movem na automaticidade do fazer; tua mente viaja pelos vãos da essencialidade diária e tua alma resignada apenas está em ti.

Para tudo! Vai até um espaço que te dê acesso ao azul do céu e ao calor do sol.

Olha, sente a luminosidade desta realidade da qual tanto te distanciastes.

Há quanto tempo não te permites correr livremente e te jogar ao solo, seja de relva tratada ou apenas terra?

Lembras a sensação gostosa de quando assim fazias?

Lembras tua risada ecoando pelos cantos e musicando tua pacata e infantil vidinha?

Hoje, já não corres apenas caminhas, num andar de pouca energia e tua risada de outrora é apenas um sorriso contido que apresentas ao Mundo como sendo o teu melhor?

Será?

Já percebestes que podes sentir as mesmas emoções de tua infância? Que não te foi cortada a capacidade de sentir, mas apenas tu a fostes controlando como se a ela não tivesses direito?

Que tal dares uma boa gargalhada? Não tens motivo? Nós te ajudaremos.

Vai até o espelho mais próximo e te mira com atenção.

O que vês? És o homem que imaginavas que serias? Teus olhos possuem o brilho do passado?

Olha com atenção, este que te retribui o olhar és tu, neste agora, cheio de compromissos e um cidadão sério e compenetrado.

Fica olhando tua imagem, olhos nos olhos, e deixa que através do olhar te conectes com o menino livre que ria sem cuidado, impregnando o ar com sua alegria.

Sim, és tu mesmo.

Vê agora já podes rir não um meio sorriso, mas uma boa risada, pois descobres, neste instante, que ainda tens a total e ampla liberdade de sentir e ser feliz.

Então, a partir de agora, não te permite mais a clausura dos compromissos sempre em primeiro lugar e que as tarefas ditas importantes, se apropriem de teu viver.

Tu és o menino de ontem no homem de hoje, e não há porque, para que um exista, o outro se anule.

Volta ao contato com a natureza, aos momentos de integração com a mãe Terra, e verás que podes cumprir teus compromissos com alegria genuína, sem a sisudez que tens te imposto.

Podes e mereces viver na alegria.

Anabando

Recebida pela Magali em 28/06/2012

Revisão: Clovis